Todo mundo sabe que “Sean” não quer ir embora do Brasil e sabemos também que, em momento algum, a família materna incentivou que ele fosse embora, claro. E qual é exatamente o valor que tem uma entrevista feita por uma psicóloga escolhida pela família materna, que também deixa claro que quer que Sean fique no Brasil? Isso não demonstrou ainda mais que há um corporativismo empenhado em ser fora da lei?
Essa entrevista só serviu para dificultar ainda mais a mudança de casa, de cidade, de país. Se não são eles quem decidirão se Sean vai ou fica, entrevistá-lo para ele dizer o que quer, vai deixá-lo ainda mais frustrado, afinal ele não poderá decidir. Está clara na conversa, a manipulação e alienação parental ao longo dos anos.
Marcaram passeios legais bem nos dias de encontrar o pai? Que pena. Sean não poderá ir ao Beach Park, porque tem que ficar aqui pra ver o pai, ops, pra ver o David. Ou será que é porque ele não pode sair do estado do Rio de Janeiro?
Ele não poderá ir para Búsios, porque tem que esperar o moço insistente que vai lá vê-lo.
O pai não compareceu ao encontro. Avisaram o menino que o encontro foi desmarcado? E havia mesmo encontro marcado todas às vezes que falaram para o menino? Uma familia que compactuou com atitudes ilegais o tempo todo é digna de confiança?
Aqui estão as partes onde a psicóloga mostrou sua tendência para que ele fique no Brasil. A maneira de conduzir a entrevista foi adequada?
TC — Qual amigo você gosta mais na escola?
SG — Ih, tem tantos
TC — Tantos! Nossa! Muitos que você gosta
Tradução das entrelinhas: Não levem Sean daqui, não o tirem de perto de todos os milhões de amigos que ele tem. Só a mãe dele pode fazer isso!
TC — e eu queria te dizer assim, que isso é decisão pra adulto, … mas é importante também, Sean, que você saiba que não é você que vai decidir isso, tá
TC—… eu vou torcer para que esse seu desejo de ficar no Brasil...
TC — ...seja realizado, não é? Porque eu tô entendendo...
TC — ...que você quer muito ficar no Brasil. Mas, como eu te disse, a decisão não é sua. Essa é uma coisa para adultos decidirem e vamos ver se os adultos, né, vamos ver...
TC — ...vão te escutar, vão ver o que que é melhor pra você, né?
TC — Não, eu tô entendendo que você não goste, eu só queria, né, que nem eu tava dizendo que você não precisa ficar preocupado que a tua palavra ela vale muito…você gostaria de tomar essa decisão final? Que você tivesse a responsabilidade de tomar essa decisão final?
Tradução das entrelinhas: Não é Sean que decide, mas será que ele gostaria de decidir, mas ele não pode decidir, se pudesse decidir, porém, o que será que decidiria? Pena que ele não chorou…
TC— Uhum. Você não consegue lembrar de nadinha de lá? Da época em que você, você morou lá até os quatro anos, não foi? Não consegue lembrar de nada?
Tradução das entrelinhas: O que será que ela se lembra da vida dela até os 4 anos? Eu só me lembro do que tenho nas fotos e videos e isso não vai faltar para Sean recordar.
TC — Humm. Você acha que ele se faz de sofrido? Como é que é isso
TC — Você acha que é fingimento, você não acredita muito então?
Tradução das entrelinhas: Está claro que o menino perdeu totalmente a noção da realidade. Ele acha que os familiares maternos falam a verdade, essa psicóloga é imparcial, o pai não o ama e o Papai Noel virá no Natal.
TC — Não apareceu?
SG — Não apareceu
TC — Depois de ter marcado com você?
TC — Que chato né? A terceira vez que ele marca e não vem. Aí fica difícil de confiar, né?
TC — Fica difícil confiar.
Tradução das entrelinhas: Essa foi a cereja do bolo! É o fim da picada. A frase “fica difícil confiar”, saiu da boca da psicóloga. Alguém tem alguma dúvida sobre a manipulação familiar e de TC?
TC — Pois é, te deixa muito chateado e eu entendo que você fique chateado.
Tradução das entrelinhas: Ele fica chateado, desmemoriado, preocupado, desrespeitado. Por que ela não o colocou mais pra baixo? Ah, foi porque a sessão chegou ao fim.
TC — Que os adultos saibam disso. Que quem vai tomar essa decisão saiba disso
SG — Que todos os juízes, que todas as pessoas saibam
TC — Que todas as pessoas, os juízes, quem quer que vá trabalhar nesse caso, saibam que o seu desejo é ficar no Brasil.
TC — Eu já entendi Sean, eu já entendi. Vamos ver, vamos torcer para as pessoas, os adultos que vão tomar essa decisão, né, poderem entender isso que está se passando dentro de você…
Tradução das entrelinhas: Será culpa do juiz se ele tiver que morar nos Estados Unidos. Pronto, achamos o culpado! Será que ele será processado?
TC —Ai que legal. Em geral saem só vocês três ou vai mais alguém junto?
SG — Vai a babá
TC — A babá vai. Pra cuidar da Chiara que ainda é pequeninha e ainda está nas fraldas.
Tradução das entrelinhas: E o medo de dar a entender que o Sean só fica com a babá?? Quando a Chiara sair das fraldas a babá vai perder o emprego??
TC — Você achava importante falar inglês pra quando você fosse nos Estados Unidos saber falar inglês...
SG — Não...
TC — Você não achava isso tão importante. Você pode estudar isso
depois, né?
Tradução das entrelinhas: Pra que saber o idioma do pai? Quanto menos souber, mais difícil fazer um vínculo com ele.
TC — Te desrespeitou, você acha?
SG — É.
TC — Desrespeito isso.
TC: ... Então, voltando a essa historia do desrespeito, né Sean, a gente quando se sente desrespeitado ou quando tá chateado com o pai, com alguém, com David, com um amigo…
TC —… eu acho importante que você possa falar pro David que você se sente assim, né? Não só pro David, mas pro teu amigo, se o teu amigo te desrespeitar você poder dizer …
Isso psicóloga, piora a imagem do pai. Por que ela não aproveitou e explicou o que aconteceu exatamente? Desde quando falar sobre as “maldades” de um pai faz bem para a criança? Será bom para o menino ter cravado na cabeça o quanto é DESRESPEITADO pelo pai? A psicóloga não assistiu “A vida é bela”. Ela não viu o que aquele pai do filme fez dentro do campo de concentração para poupar o filho de um sofrimento. E nesse momento, o papel dela era mesmo o de desvalidar o pai o tempo todo.
Essa entrevista deixou bem claro o quanto o pai o desrespeita e o quanto a mãe o respeitou quando o tirou do pai. Acho que alcançaram o objetivo de inverter totalmente o que realmente aconteceu. Acho que as leis brasileiras já estão totalmente convencidas disso também. Afinal já passou tanto tempo, o que foi que aconteceu mesmo??
Roberta Palermo
Terapeuta Familiar
www.robertapalermo.com.br
TRANSLATION'
The father disrespects Sean, the mother respected him very much!
Everyone knows that “Sean” doesn’t want to leave Brazil and we also know that the maternal family never asked him to leave, of course. And what exactly is the value of an interview made by a psychologist hand-picked by the maternal family, who also makes clear that she wants Sean to stay in Brazil? Isn’t it proof that there is a corporatism committed to disrespect the law?
This interview only made it harder to make the transition to a different home, different city, and different country. If they’re not the ones who will decide whether Sean stays or goes, to interview him so he can say what he wants will frustrate him even more. After all, he cannot make this decision. It’s clear in this conversation the manipulation and parental alienation throughout the years.
They scheduled really cool outings on the days he was supposed to meet his father? Oh, what a pity! Sean won’t be able to go to Beach Park, since he has to stay home to see his father, oops, to see David. Or is that because he can’t leave the state of Rio de Janeiro?
He won’t be able to go to Búzios, because he has to wait for the insisting guy who’s going over there to see him.
The father did not show up to meet him. Did they tell the boy the meeting had been canceled? And was there really an appointment every time they told the boy about one? Should a family that has frequently made use of illegal tactics be trusted?
Here are the portions where the psychologist showed her bias for him to stay in Brazil. Was this interview conducted in an adequate manner?
TC – Which friend do you like the most at school?
SG – Oh, there are so many…
TC – So many! Wow! There are many friends you like...
Reading between the lines: Don’t take Sean from here, don’t take him from all the millions of friends he has. Only his mother can do that!
TC – And I wanted to tell you this, that this is a decision for adults to make… but it’s also important, Sean, that you know that you’re not going to decide this, ok?...
TC – …I’m going to root for your desire to stay in Brazil…
TC - …to come true, isn’t it? Because as far as I understand…
TC - …you want very much to stay in Brazil. But like I said, itn’s not your decision. This is something for adults to decide and we’ll see if the adults, right, we’ll see...
TC - …they will listen to you, they will see what’s best for you, right?
TC - No, I understand that you don’t like it, I just wanted, right, like I was saying that you don’t have to be concerned because your saying has a lot of value… would you like to make the final decision? To have the responsibility to make the final decision?
Reading between the lines: It’s not Sean who decides, but maybe he’d like to decide, but he can’t decide, if he could decide, however, what would he decide? Too bad he didn’t cry…
TC – Aham. You can’t recall anything from there? From the time you lived there until you were four, wasn’t it? Can’t you remember anything?
Reading between the lines: what does she remember of her life until she was four? I only remember what I have see on photographs and videos and that will certainly help Sean recall everything.
TC – Humm, you think he passes himself as a sufferer? How is that?
TC – You think he’s pretending, you don’t believe him much, right?
Reading between the lines: it’s clear that the boy completely lost the notion of reality. He thinks his maternal relatives are telling the truth, this psychologist is impartial, the father doesn’t love him and Santa is coming on Christmas.
TC – He did not show up?
SG – He did not show up
TC – After he made plans with you?
TC – That’s really unfortunate, isn’t it? It’s the third time he makes plans with you and doesn’t come. Then it’s hard to trust him, right?
TC – It’s hard to trust
Reading between the lines: that was the icing on the cake! It’s way out of line. The quote “it’s really hard to trust” came out of the psychologist’s mouth! Does anyone have any doubts regarding manipulation and TC?
TC – I see, it makes you really upset and I can understand why you’re upset
Reading between the lines: he’s upset, forgetful, concerned, disrespected. Why didn’t she make him more depressed? Ah, it was because time’s up!
TC – that the adults hear this. That whoever is making this decision knows this
SG – that all the judges, that all the people know
TC – that all the people, the judges who will work on this case know that it’s your desire to stay in Brazil
TC – I understand Sean, I understand. We’ll see, we’ll root for the people, for the adults who are making this decision, right? So they can understand what’s going on inside of your head
Reading between the lines: it’s the judge’s fault if he has to live in the US. Here, we found someone to blame! Will the judge be prosecuted??
TC – That’s great. So do the 3 of you go out alone or does someone come along?
SG – The nanny comes along. To take care of Chiara wince she’s still too little and wears diapers.
Reading between the lines: and the fear of conveying that Sean is only with a nanny? Will the nanny lose her job when Chiara gets potty-trained??
TC – Do you think it’s important for you to learn English for when you go to the USA to be able to speak English…
SG – No…
TC – You didn’t think it was so important. You can study that later in life, right?
Reading between the lines: why does he need to speak his father’s language? The less he knows, the harder it is to bond with him.
TC – He disrespected you, you think?
SG – Yeah
TC – This is disrespectful
TC - … now, going back to the disrespect, right Sean, when we feel disrespected or when we’re upset about something, someone, as your Dad, David, a friend…
TC - …I think it’s important that you are able to tell David that you feel like this, right? Not only for David, but for your friend, if your friend disrespects you, you can say
Yes, psychologist, smear the image of the father. Why didn’t she take the opportunity to clarify what really happened? Since when to talk about the “evil deeds” of a father is good for a child? Will this be good for the boy to have embedded in his head how DISRESPECTED he is by his father? The psychologist has not seen “Life is Beautiful”. She did not see what that father from the movie did in the concentration camps to spare his son of suffering. And in that moment, her role was to invalidate the father all the time.
This interview made it clear how much the father disrespects him and how much the mother respected him when she took him from the father. I think they achieved the goal of completely reversing what happened. I think the Brazilian laws are completely convinced of that too. After all, so much time has passed… what’s what really happened, again?
Roberta Palermo
Family Therapist
www.robertapalermo.com.br