segunda-feira, 31 de março de 2008

"Jogaram" a menina pela janela

Estamos acompanhando o caso da menina de 5 anos que morreu ao despencar, cair, ser jogada, whatever, da janela. Ela estava passando o final de semana na casa do pai e da madrasta. O pai e a madrasta explicaram que o pai levou a filha que estava dormindo no carro para o apartamento, a deixou dormindo sobre uma cama e voltou para a garagem para ajudar a madrasta a pegar os outros dois filhos do casal que também estavam dormindo no carro. Ao chegarem ao apartamento encontraram a rede de proteção cortada e a menina estava lá em baixo do prédio sem vida. Havia sangue no apartamento e na rede de proteção. Quem fez isso? Por que alguém faria algo tão horrível? Imediatamente velhos preconceitos vêm a tona e a pergunta: "Foi a madrasta?" É exatamente esse tema e essa situacão problema que está sendo abordada na novela da Globo "Duas Caras". A madrasta estava envolvida no acidente da piscina,  o enteado não sabia nadar, mas o pai o salvou de morrer afogado. Na vida real, no caso da queda da janela,  imaginar que a madrasta matou a criança e o pai é conivente inventando um álibi, é pavoroso! Mas tem uma madrasta, e se tem madrasta ou fumaça, há fogo? Não! Se fosse o pai e a mãe despertaria a mesma questão! São tantas as mães que colocam bebês em sacos de lixo e jogam fora, por que achar que ter mãe é garantia de ter proteção? A menina que sumiu do quarto do hotel em Portugal, Madeleine, estava com o pai e a mãe e desconfiaram da possibilidade de eles terem matado e sumido com a criança. Então pronto. Não basta ser madrasta para ser má, ser mordomo para ser o assassino, ser babá para bater. Independente do modelo familiar, uma tragédia pode acontecer. Não vamos nos preocupar com os preconceitos e sim com a investigação que levará aos fatos verdadeiros dessa tragédia. 
Roberta